Wednesday, March 01, 2006

A que horas sais?

Mas já me faz mal não saber onde te encontro depois de sair, tanta volta na cama, apaga e acende a luz. Mascarei-me de harry potter e fui ter contigo, mas não sei, apenas suspeito das horas do teu disfarce. Deixa-me ir contigo acompanhar-te no castelo, fotografar-te. Descobri-te no mar de vista que os teus olhos não me deixam ver. Os teus olhos, os teus olhos, o sorriso que fazes das minhas palhaçadas de puto reguila que não sabe como se acaba por aleijar. O teu sorriso de como ainda não fui, quase tanto por ti. Abris-te a boca e beijaste-me. Diz-me tudo o que te doi, que eu choro por ti. Ando entretido paixão, e tu dizes-me tanto mas não sei falar contigo aqui. Diz-me, beija-me, ama-me... me ama. Sou tão puto no teu castelo sem acalmar o fundo do meu âmago. Quero ver as tuas estrelinhas a brilhar, mas não conheço o teu norte. O telescópio funciona, mas não aponta a tua Polar. Estou farto dos quarks, bosões, neutrinos, do modelo tipo. Quero agora as supernovas na ponta dos teus cabelos frizados e as gêmeas de todos os sistemas solares, como ter o tempo a andar para a frente ou para trás no teu umbigo, percorrer constelações germinadas no teu olhar. Arrepiar cadentes neste ambiente nocturno onde toques teus pulsam adormecidos planetas, até ao mais quente de todos. Percorrer o sistema de nebulas e asteroides deste solar morno volátil. Levares-me a vénus onde tudo se perde e encontra. Azul vermelho quentes, verde violeta lindos. Reflexos meus nos teus que me vêem. A que horas sais? Onde está a tua polar quando sais? Como sopra o teu vento quando vais? Para que lado... quanto mais daqui? Onde chove neve quando cais? Onde bebem água as tuas andorinhas? Para que lado se vira a tua miragem? Que calor faz o meu sol em ti? Por que calçadas sobem os teus passos? Onde estou eu de onde me vêz? Por que portas se esconde o teu olhar? Onde escondes tu o meu? Que curvas se fazem no teu corpo? Por onde te sigo, paixão? Já chegaste a ver onde estás? É lindo, partires de tuas represas? Sem segredo. Já vagueaste sem saber por onde? Eu sei! Já olhaste para o céu? Já me encontraste neste castelo de cartas? Eu estou aqui.

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