Friday, April 21, 2006

"I Predict a Riot"


Viver neste mundo
de estímulos dissimulado
Sentir no fundo
o lançar de dados
Fazer de deus e de diabo
Tocar um cacto
e chorar um grito
Amar um saco
violar um amigo
Ser homem armado em anjo
Mostrar num ápice
a fraqueza do destino
pelo caminho ir-se
fazendo o pino
Ser amada por um santo
Fazer da contradição encanto
Fazer de deus e de diabo
Ser homem aramado de anjo
Ser amada por um canto

Morrer nesta terra
estimulando o nada
Esquecendo quem erra
e a memória da fada
Fazer querer e querer fazer
nada fazendo
E nas mãos de oiro barra
uma espingarda e uma espada
Sabendo como se alarma
a vida com garra
Escondendo a arma
da escrita por escrever
Chamar-se arbusto
e na montanha querer
mais que um busto
Ser presidente burro
apenas na guerra crendo
merecer cuspo

Pôr em causa tudo
Encontrar caminhando
As fugas do passado
Desenhando o futuro
À falta de vista
À caça da pista
Deixar o estudo
de certeza equivocado
Caminhar encontrando
tudo
Ao serviço do restante
servir a alternativa
teoria de maior alcance
a prática fora da estante
Agora demonstrativa
pôr de lado a chance
Juntar de novo
as totalidades
verificar nas estrelas
todos os resultados
Comunicar ao povo
das necessidades
Lançar os dados
Estrelar um ovo
Pelas cidades

Avermelham-se estas pétalas
Floresce uma revolução
Das entranhas da evolução
Daquele cravo fazendo alas
Espinhado no fundo do caule
A ambiguidade entranha-se
Pelo azul da indiferença
O esverdiado urge-se
Resultante magenta fraccionado
Pela fome violenta
Em mil bocados partido
De justiça cometa
Verde planeta irritado
Mistura inevitável
Do oposto instável
Coloração contestável
Ao contraste invisível
Morte e vida
do novo paradigma
Quente e frio
agora por um fio
Sem princípio nem fim
Este ciclo do confim


dedicado a duas gaijas co-aniversariantes...
à Revolução e à Paula

»»> Com o 25 de Abril estamos! Com o Fascismo acabamos! <««

Tuesday, April 11, 2006

Butterfly Hurricane


Onde fico eu? com esta inversão do contraditório.
Para onde me lanço eu recuando...
Para onde me levam não querendo.
Converto-me em mil opostos de distâncias incertas, desmultiplico os meus "quereres" não abdicando de nenhum, sou a coerência ambigua total.
Encontro estruturas musculares que sustêm totalidades. Impregnado, caminho de costas, cristalizo, avanço triste dois passos para saltar feliz uma maior distância. Deixo pó para trás, comunico olhos nos olhos com quem me segue. Procuro o sinal de limitação de volta a 180 graus, apercebo-me que sou eu mesmo esse signo. Desfaço a ambiguidade do meu calor e frustro-me coma a eficácia da mensagem, pretendo avançando que se recue e que me continuem a seguir. Desengano com a mentira comum. Encontro as verdades mentirosas. Querendo liderar-me por exemplo a quem me olha. Sentidos inversos, todos num. Felicitar-me e assinalar quem me entendeu e às simulações enquanto tal. Estão prontos a desolhar-me e tomar direcções próprias, sem sintonia obrigatória. Bastando o contacto instantâneo para nos encontrar-mos para sempre. Sigo outros olhares sintonizados comigo sem me virar em frente. Finjo para todos o mesmo, como um salmão por fumar a subir um rio sem esforço. Esfolo a minha estrutura para ninguém ver como o faço. Atinjo os molhes e as rochas, respirando. Ensanguentadas as guelras daqueles. Oxigénio que me envolve, dobrando aqui e ali a minha pele nas junções. Por vezes, sempre, quase que me deixo ir cristalizando outra vez em sal doce. Ninguém me provando, alguém diria o contrário. Pelo contrário que me começa a nascer num toque saboroso sem identificar a sua especiaria afrodisíaca. Indisíaca de argola tatuada nas costas. Amo-te. Já te desejando, não podendo, avancei sem querer outra vez com todo o direito que me foi dado. O abuso tinha outro nome, mas hoje sofre de amnésia. Não sabe, quer saber e não faz por imaginar onde sobe o meu rio... infelicidade da memória. Não podendo ajudar contribuo para a sua falta, não a minha.

Num toque fazemo-nos sol a montante.

Monday, April 03, 2006

Gaviões em "Gestão de Panico"


Certos aviões cedem mal aos desvios de rota dos ceus colibris., aqueles "progenitorismos" não autorizados ou fora de tempo. Esquecem-se das suas relações simbióticas na cadeia alimentar e os encontrões tornam-se enevitáveis. O colibri no seu voo estático aparenta maior segurança confundindo-se com certas presas, o gavião no seu voo alto faz o colibri pensar que também existe polen nas nuvens e quando lá chega já não há energia que sustente o regresso ao ninho. Neste caso não sendo os gaviões preocupados com o tráfego aéreo e descuidado a amparar a queda ninguém lhe vale aos pequenos colibris. O verdadeiro progenitor colecta todos os raminhos coleccionados para que o colibri não se confunda com certa variedade de morcegos que sem planeamento familiar estão de regresso à caverna de origem. Já passou e o grande colibri dorme descansado. Nunca completamente mas pelo menos tomou consciencia da "Gedankexperiment" que o pequeno colibri vem agradecer, por tudo o que lhe fez pensar e descobrir numa dialética interior apenas permitida por meio de boa comunicação, embora a sua falta seja como que enevitável. Estamos entendidos por agora mas é preciso manter a autoavaliação... a mesma que na sua falta transforma um 18 num 11!

Egoteísmo:

Se Deus existe Ele é o meu Ego
O individuo é Monoteísta
A sociedade é Politeísta
A capacidade de realizar coisas inacreditáveis chama-se milagre
Esta existe no interior do individuo que não reza

"Eu quero, consigo e faço!"

Acabo de fazer aterrar a minha identidade, conjuntamente com os restantes passageiros. Esta realidade de podermos pilotar ou sermos pilotados. Comandar dá muito mais gozo com as ajudas do co-piloto e do navegador. Ganhar, vencer a rota certa para destinos ainda mais precisos, assim como a instrumentação de um 767. Isso e gostar de realizar a fotografia e argumento de um quase filme que apenas não o é porque afinal estamos mesmo a viajar a 42 000 pés de altura, práticamente em órbita desta terra. Estava na hora de comer algo... de satisfazer uma qualquer necessidade fisiologica. É quando reparamos que o mapa desta europa estava incorrecto, assim restam-nos as estrelas para fazer o resto da navegação. Os giróscopios estão operacionais: faremos o resto da viagem de memória, algo falhou ou foi sabotado. O fuel restante é limitado o que nos obriga a extremo racionamento: Accionar o protocolo Upssala é o que nos manda o manual de bordo. Passemos para instrumentação analogica e desliguemos o computador de voo. Piloto manual "ligado". Cooperação activa. Confiança absoluta no navegador. Cintos e máscaras para os passageiros. Rebuçados a distribuir pelas hospedeiras.

±Matrix adjusted... no time for error. It's now or never
We're in need for emergency channels.
SQUAK 1011 - SWEET NOVEMBER
LANDING PROCEDURES ACTIVE
APPROACH CONTACT ACTIVE
HAND CREAM FOR PASSENGERS DELIVERED
COFFEE SERVED
It was'nt nervous... it was muscular.
Passengers aware, Oxygen masks READY

*** SN ON EMERGENCY LANDING REQUESTING FINAL CLEARANCE
*** SWEET NOVEMBER you have permission to land, runway clear
MIND THE SNOW, EMERGENCY VEHICLES ON ARRIVAL