Hostilidades Pornográficas II
Quando a lua se deita de branco
Sobre o teu sol poente
E o céu de azul se enche tanto
Até ao laranja muito quente
Aqui deste horizonte
Quanto queria fotografar-te
E da originalidade fazer fonte
Longiquo de toda a arte
Numa pose que tu escolhesses
No meu castelo imaginada
Sombreada muitas vezes
E pela luz natural ilumindada
Até que te soltasses da timidez
Um negativo-cor te enviava
Um poema em português
Dizendo-te como te amava
Por aquele vento que se sente
Na tua face arrefecida
Um longo beijo incandescente
Encontrando-te desconhecida
david gamma